domingo, 21 de março de 2010

EFÊMEROS - (Para um avô dedicado)




Efêmeros ( Para um avô dedicado)

Certo de que meus dias mínguam

Rodopio sem cessar

Numa dança frenética

Ouvindo uma música que não quer parar

Se fôssemos eternos

Não vacilaria em deitar olhando para o céu

Para ver o vôo das gaivotas

Filosofaria sobre obscenidades e verdades

Visitaria outras mil cidades

Amaria com sofreguidão

Sorriria à toa como sempre

E a única diferença será

Que amanhã eu estarei aqui de novo

A me lembrar que vou durar até não sei quando

Mas não é bem assim ....infelizmente.........

Somos efêmeros como nuvens

Frágeis como borboletas

E não sabemos como será o amanhã

De repente, chega um aviso fatídico

E escolherei para quem darei meu último sorriso

Ou será que não haverá tempo para isso?

Faço, então que todos os meus dias

Sejam como se fossem os últimos

Sou intenso!

Um comentário: