segunda-feira, 25 de abril de 2011

Tontura





Tontura


Subi num edifício fictício
Existente no meio do deserto inóspito
E escalando suas paredes
Como que escorregando para cima
E lá no alto me senti na beira de um precipício
Neste interim, me deparo com você!

Tontura, de mãos dadas com o medo
E mesmo enxergando pequenas formigas
Na calçada onde meu corpo pode vir a se espatifar
Caindo com uma velocidade absurda calculada pelos que tudo explicam
Mas nada entendem

E à medida que antevejo minha queda
As formigas aumentam de tamanho
E o tempo pára...
Fechei os olhos para não cair!


BETO CAMPOS 18/04/2011